Origem dos Tsunamis
Hoje, o movimento dos continentes - chamado deriva continental - é explicado pela teoria da tectônica de placas: a crosta do planeta é formada por várias placas de rochas sólidas, como se fosse um imenso quebra-cabeça, que se deslocam sobre uma camada de rochas derretidas. O movimento é muito lento:
Quando duas placas continentais se
chocam podem ocorrer erupções vulcânicas. O choque pode originar também cadeias
de montanhas. Foi assim que surgiram as cadeias dos Andes, dos Alpes europeus e
do Himalaia, por exemplo.
Pode acontecer também que duas
placas em movimento se encostem e fiquem presas umas às outras. Em determinado
momento, a força acumulada entre elas vence a resistência e provoca um
deslizamento rápido: uma placa escorrega ao longo da outra, liberando a energia
acumulada e formando ondas sísmicas, que se espalham pelas rochas e provocam os
terremotos ou sismos.
Os movimentos da crosta sob os
oceanos podem gerar sismos que deslocam enormes massas de água e provocar ondas
gigantescas, as tsunamis, também conhecidos como maremotos. Tsunamis, em
japonês, significa "onda de porto". A altura dessas ondas aumenta à
medida que elas se aproximam da costa (onde pode haver um porto). Elas chegam a
ter mais de 30 metros
de altura (isso equivale, mais ou menos, a um prédio de 10 andares). Elas podem
atingir velocidades de até 800 quilômetros por hora, que diminui à medida
que a onda se aproxima da costa.
As regiões onde há mais chance de
ocorrer terremotos e tsunamis ficam próximas às bordas das placas tectônicas,
como algumas regiões do Pacífico e da Ásia. O sismo de dezembro de 2004 teve
origem ao noroeste da ilha de Sumatra, Indonésia, no oceano Índico, a dez
quilômetros de profundidade.
Em 1992, tsunamis destruíram as
habitações nas costas da Nicarágua e causaram milhares de mortes em Bali. Em 1998, as ondas
gigantes atingiram a costa da Papua-Nova Guiné, causando a morte de mais de 2
mil pessoas.
Tsunamis podem ser provocados
também por erupções vulcânicas, como a do vulcão da ilha de Cracatoa, na
Indonésia, em 1883, que matou mais de 30 mil pessoas.
O Brasil, felizmente, encontra-se
no interior da placa tectônica conhecida como placa sul-americana, longe das
bordas de choque. Por isso os abalos sísmicos são pouco freqüentes aqui e é
muito pouco provável que sejamos atingidos por tsunamis.
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