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domingo, 11 de maio de 2014

Teoria Deriva Continental

Deriva continental  é o nome de uma teoria, também conhecida como Teoria Tectônica de Placas  que trata do movimento dos continentes pelo globo terrestre. Afirma tal teoria que as terras emersas do nosso planeta vêm se movimentando desde sua consolidação, e continuam tal deslocamento, em grande parte influência da ação no núcleo incandescente da Terra. Assim, as posições que os continentes e ilhas do planeta ocupam hoje no mapa eram e serão bem diferentes da configuração que apresentam hoje, ou seja, os continentes estão à deriva pelo oceano, em movimento sem direção determinada.

A ideia da deriva continental foi proposta pela primeira vez pelo cientista e meteorologista Alfred Wegener em 1912. Em 1915 publicou o livro "A origem dos Continentes e dos Oceanos", onde propôs a teoria, com base nas formas dos continentes de cada lado do Oceano Atlântico, que pareciam se encaixar. Muito tempo antes de Wegener, outros cientistas notaram este fato. A ideia da deriva continental surgiu pela primeira vez no final do século XVI, com o trabalho do cartógrafo Abraham Ortelius. Ortelius sugeriu que os continentes estivessem unidos no passado. A sua sugestão teve origem apenas na similaridade geométrica das costas atuais da Europa e África com as costas da América do Norte e do Sul; mesmo para os mapas relativamente imperfeitos da época, ficava evidente que havia um bom encaixe entre os continentes. A similaridade entre os fósseis encontrados em diferentes continentes, bem como entre formações geológicas, levou alguns geólogos do hemisfério Sul a acreditar que todos os continentes já estiveram unidos, na forma de um supercontinente que recebeu o nome de Pangeia.
Argumentos:
  • Morfológicos - Wegner apercebeu-se da complementariedade existente entre a costa ocidental de África com a costa oriental da América do Sul, e mais tarde entre outros continentes separados atualmente.
  • Paleontológicos - Fósseis de seres vivos de uma mesma espécie foram encontrados em locais que distam atualmente milhares de quilômetros, estando ainda separados por oceanos. Devido às suas características, assume-se que seria extremamente difícil que estes seres vivos tivessem percorrido estas distâncias ou atravessado os oceanos. Para além disso, cada espécie desenvolve-se num determinado habitat, o que implica que os locais afastados estiveram outrora em zonas mais próximas do planeta, pois teriam de ter o mesmo clima para possuir as mesmas espécies.
  • Paleoclimáticos - Os sedimentos glaciares só se formam em zonas de grandes altitudes e baixas temperaturas - pólos. No entanto, foram encontrados estes sedimentos em zonas como a África do Sul ou Índia, indicando que estes locais já se encontraram outrora próximos do Pólo Sul, e que entretanto se afastaram - mantendo os registros rochosos.
  • Litológicos - Rochas encontradas na América do Sul e África, com as mesma idade, são semelhantes (por exemplo, formadas pelos mesmos minerais). Para que isto aconteça, tiveram de estar expostas aos mesmos fenômenos de formação de rochas. Pelo contrário, as rochas formadas atualmente nesses locais apresentam características diferentes. Existe ainda continuidade de formações rochosas entre as duas costas - como por exemplo cordilheiras montanhosas.

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